(RP) Tradição e Honra - A História de Abadir

Olá pessoal, aqui quem fala é o Étel!

Após tanto tempo jogando com apenas um único personagem, resolvi diversificar um pouco e ter outro principal além do mago. E ultimamente estou jogando mais com esse do que com meu mago.

Uma coisa muito importante para mim é eu jogar com um personagem onde eu me vejo nele. Por esse motivo é que eu jogo com poucos e é por esse motivo também que construo toda uma história sobre ele.

Então, ao longo dos dias que virão eu escreverei a história de Abadir neste tópico, descrevendo sua origem e suas aventuras.

Antes de começar gostaria de explicar sobre o nome do meu personagem. Abadir vem do latim e significa “pedra”. No antigo Oriente Médio era o nome de uma pedra considerada sagrada, pois acreditava-se ser a morada de um deus. Esse nome também aparece nas mitologias grega e romana, sendo o nome da pedra que Cronos (Saturno) engoliu pensando tratar-se de seu filho recém-nascido Zeus (Júpiter).

Espero que gostem de sua história e boa leitura.

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Seja muito bem vindo (again?) Ao mundo de azeroth.
<3

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CAPÍTULO 1: A FLORESTA AMALDIÇOADA

A noite era de lua cheia. Dava para ouvir os uivos dos worgens dentro da densa Floresta do Crepúsculo. O clima sombrio parecia abraçar friamente as árvores.

Antes uma belíssima região, após a morte do antigo guardião Medivh a floresta caiu em uma escuridão profunda, sendo banhada por uma noite sem fim. E as criaturas que ali habitavam foram afetadas por uma maldade indizível, frutos da magia sombria que transformara o lugar.

As árvores, semelhantes às da Floresta de Elwynn, altas e imponentes, agora eram covis de lobos hediondos e aranhas traiçoeiras. E nos vários arbustos olhos cor de brasa a espreitavam os visitantes, a tudo observando, como se estivessem prontos para caçar suas presas a qualquer momento.

Agenor caminhava à passos largos pela estrada de Vila D’Ouro rumo à Vila Sombria. Foram dias de viagem sobre um cavalo, mas o caminho floresta adentro deveria ser feito à pé, pois os animais se recusavam adentrar a região.

Agenor desprendeu a sela amarrada ao seu cavalo e batendo com as mãos espantou o animal que saiu correndo de volta à Vila Plácida. Ele continuou sozinho pela estrada, entrando na Floresta do Crepúsculo.

Uma brisa gélida passeava por entre as robustas árvores, numa dança sinistra. Cada vez que a brisa chegava nele um frio descomunal lhe subia pela espinha.

- O que foi isso? - Sussurrou, depois de ouvir um assobio agudo ao longe, cujo som foi ecoando de árvore em árvore, num espetáculo tenebroso.

Ele olhava para dentro da mata mas o breu constante era a única coisa à vista, ao passo em que o assobio parecia aumentar cada vez que se aproximava dele.

Agenor tratou de apressar ainda mais o passo, andando o mais rápido que podia, com o tempo começando até a correr.

“O assobio parou”, pensou ele.

Ofegante, Agenor parou por alguns segundos para recuperar o fôlego. Contudo, ao olhar para trás um forte clarão violeta lhe fez fechar os olhos na mesma hora, fazendo-o cobrir o rosto com as mãos.

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Interessante, gosto quando contam histórias dos personagens.
Ansioso pra ler mais, bom projeto.

Eu tinha com a Lyonnesse, talvez eu crie de mais personagens

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CAPÍTULO 2: SANGUE DO MEU SANGUE

Abadir apreciava uma boa bebida na estalagem de Vila Sombria. Sempre lhe agradava sair pelos lugares experimentando suas melhores cervejas e desfrutando das inúmeras belezas existentes em cada canto longínquo.

Ele trajava uma camisa quadriculada de cor marrom, semelhante a que os lenhadores da região costumam vestir. Um cinto, também marrom, ajudava a apertar sua calça um pouco frouxa, feita de uma seda simples na cor preta, com partes vermelhas dos lados. E nos pés calçava um sapato preto.

Na cintura Abadir carregava uma espada curta, com um cabo de cor cinza e uma longa lâmina afiada feita de tório, um poderoso metal de Azeroth.

- Posso lhe pagar uma bebida? - uma elfa noturna se aproximou de Abadir, tocando-lhe o ombro direito, enquanto se ajeitava na cadeira à sua frente.

A elfa tinha cabelos roxos, que lhe caía pelo rosto escondendo seu olho esquerdo. Na bochecha direita exibia uma cicatriz longa na forma de um corte. Ela vestia blusa e calça de couro, ambas de cor preta.

- Eu geralmente bebo sozinho. Será bom uma companhia - respondeu Abadir, encarando a elfa.

- Esse anel preto em seu dedo, conheço ele - continuou a elfa - Você é um dos Danagarde!

- Sou Abadir Danagarde, o mais novo da família. Mas não sabia que minha casa era tão conhecida assim - respondeu Abadir, bebendo um bom gole de cerveja.

- Eu conheci o seu irmão, Abadir. Na verdade, você é muito parecido com ele - disse a elfa mostrando um sorriso discreto.

Abadir ficou muito surpreso. Há três meses que não via seu irmão. Ele partira pra Vila Plácida e não voltou mais, nem deu qualquer notícia.

- Pelo que eu saiba meu irmão nunca veio à Vila Sombria. Pelo menos não que ele tenha me dito - respondeu Abadir com um tom de desdém.

- Se tivesse chegado ontem você mesmo lhe perguntaria, pois eu o vi com meus próprios olhos - retrucou a elfa, apontando para os seus brilhantes olhos cor de prata.

- Nossa conversa termina aqui. Agradeço pela bebida mas agora preciso ir - interrompeu Abadir, terminando sua cerveja com um único gole, levantando e saindo depressa rumo à prefeitura.

Ele precisava descobrir se seu irmão de fato havia estado em Vila Sombria e por qual motivo. Mas após alguns passos para fora da estalagem, Abadir começou a sentir seu corpo pesado, sua visão foi ficando turva e aos poucos foi perdendo a consciência até cair desmaiado no chão.

Tudo ficou escuro.

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