(RP) Diário de um Sortílego - A História de Étel

Bom dia meus amigos! Gostaria de partilhar com vocês a história do meu personagem Étel. Já faz um bom tempo que ando escrevendo sobre a vida dele rs.

Eu irei adicionando os capítulos da história com o tempo, conforme for escrevendo ou modificando o que já fiz.

Espero que gostem e boa leitura a todos.
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CAPÍTULO 1: A ORIGEM

O continente de Reinos do Leste se reerguia após um duro período de instabilidades políticas e econômicas. E apesar de ainda possuir regiões com claras desigualdades sociais, conseguia voltar à sua normalidade.

A Floresta de Elwynn era um vasto bosque de árvores imponentes localizada ao sul das Estepes Ardentes. Sua geografia era magnífica, com vários rios, lagos e clareias exuberantes.

Mais à oeste da floresta se encontrava Vila D’Ouro, um lugar tranquilo para se morar. Sua localização privilegiada fazia com que fosse um importante ponto comercial, já que possuía várias estradas que nos levavam para lugares importantes. Suas estradas levavam à Ventobravo a noroeste; à Abadia de Vila Norte a nordeste; à Cerro Oeste a oeste; e à Vila Plácida a leste.

A estalagem do Leão Orgulhoso era a principal atração de Vila D’Ouro. O estalajadeiro Fábio, dono do lugar, mantinha os mais afincos cuidados para garantir um ambiente agradável e convidativo aos visitantes.

O local ficava bem no centro do vilarejo, cuja única entrada era por uma porta estreita localizada na parte da frente. Ali havia somente uma sala de estar onde eram servidas as bebidas e aperitivos. No andar de cima ficavam os dormitórios e aos fundos, atrás do balcão de atendimento, ficava a cozinha, onde eram preparados os alimentos. Mas a mercadoria mais valiosa ficava estocada no porão, cujo acesso era por uma escadaria no canto da cozinha. Os vários barris de cerveja armazenados ali eram suficientes para mais ou menos 10 dias de festa segundo boatos.

De frente para a estalagem se encontrava a ferraria do lugar, que até mesmo após o sol se ausentar era possível ouvir o tilintar do martelo contra o ferro quente. Além de ferramentas de trabalho, as armas e armaduras fabricadas ali abasteciam a imponente guarda de Ventobravo, tirando algumas poucas encomendas dos habitantes dali.

Próximo ao vilarejo, aos fundos, estava o Lago de Cristal, assim chamado devido as suas águas extremamente limpas. E há quem estranhe por assim estarem, já que murlocs eram vistos se banhando a beira de suas águas. Essas criaturinhas verdes possuíam aproximadamente meio metro de altura, com orelhas e dentes pontiagudos.

Que a vida não seria fácil era uma realidade que Adisa já havia aprendido. Tendo nascida em Vila D’Ouro, quando pequena a humana já foi obrigada a lidar com o acidente que ceifou a vida de seus pais. Receber a notícia de que foram mortos por um lobo que tentavam domar lhe fez entrar em um estado de choque que perdurou por semanas.

Mas com o tempo ela foi se recuperando. Era uma menina muito forte.

Mesmo que as pessoas mais importantes de sua vida fossem caçadores, Adisa adentrou logo cedo no fantástico mundo da magia. Ao contrário de seus pais, ela não se via manejando um arco de caça ou uma arma de fogo.

O seu lar era simples. As paredes eram todas de madeira, advindas das próprias árvores da floresta. Na frente da casa havia um belíssimo jardim, com flores ostentando uma majestosa vista e perfumes inundando o olfato de quem se aproximava. À direita do lar, as folhagens de um ipê pareciam estender um tapete de linho sobre o chão; enquanto à esquerda, o gramado verde transmitia a tranquilidade da floresta.

Embora parecesse pequena para a família no passado, agora Adisa a achava semelhante a um castelo, condenada a viver sua adolescência na solidão. Os únicos momentos do dia que lhe agradavam era passar as manhãs na Escola de Magia de Vila Norte, principalmente por desfrutar da companhia de seu amigo Medardo.

Também morador de Vila D’Ouro, o garoto perdeu sua mãe no dia em que nasceu. E como se isso já não bastasse, seu pai o abandonou aos cuidados de seu irmão. Para ele, o filho roubou aquilo que ele mais amava neste mundo e não conseguiria cuidar desse ser amaldiçoado que eu seu primeiro segundo de vida trouxe desgraça para sua família.

Mas seu tio lhe deu uma ótima educação, o criou como seu e cultivou um amor sincero por ele. Embora seu pai biológico vagasse pelo mundo, Medardo não sentia sua falta, pois considerava seu tio como um pai. E de fato, ele assim o era.

E foi em meio ao cruzamento de tristezas e desalentos que a amizade dos dois surgiu, uma relação de encanto e carinho que mais tarde se revelaria uma belíssima história de amor.

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CAPÍTULO 2: NASCIMENTO

Conforme Medardo e Adisa amadureciam nos estudos e se tornavam feiticeiros melhores, assim também o amor entre os dois ia florescendo, as dificuldades da vida iam diminuindo e tudo parecia mais agradável quando estavam juntos.

Com o tempo, Adisa afeiçoou-se com o uso da magia gélida, enquanto Medardo se tornou um especialista nas artes arcanas. E no dia em que se formaram magos, o amor entre eles também foi selado eternamente. A casa triste e solitária de Adisa, carregada por lembranças terríveis e sonhos massacrados, agora voltava a se ruborescer de amor com Medardo morando junto com ela.

Adisa, já em tempos juvenis, despertou uma beleza sem igual. As estrelas do céu pareciam reverenciá-la de encanto. O seu andar era como uma melodia doce a acariciar o ouvido. Suas curvas, realçadas pela cor escura de seu corpo, fazia o olhar se estagnar, pasmando até as rochas inertes, desprovidas de sentimento. Seus olhos azuis eram como águas cristalinas, colhidas do mais límpido riacho da terra e colocadas com cuidado em seu belíssimo rosto. E seus lábios, simples, dançavam uma música hipnótica, como uma sereia a enfeitiçar os navegantes.

Medardo tinha uma aparência bem mais jovial, apesar de o tempo lhe ter roubado três décadas de vida. Seus cabelos negros abraçavam seus ombros e os olhos castanhos contrastavam com sua pele marrom, uma harmonia singela que despertava admiração.

Adisa e Medardo formavam um lindo casal, cuja sintonia demonstrava que além de jovens amantes, também eram melhores amigos.

Certa noite, a Floresta de Elwynn estava quieta. As robustas árvores do bosque, num frenesi arrepiante, pareciam serem abraçadas pelas trevas e seus galhos faziam uma dança lenta e ininterrupta regidas pelas brisas gélidas daquele crepúsculo.

A mata estava silenciosa. Na tão famosa estalagem do Leão Orgulhoso não se ouvia um único ruído. Até mesmo as águas do Lago de Cristal estavam inertes.

Contudo, eis que o silêncio profundo cessou-se com o choro de uma criança. Uma luz se acendeu numa humilde casa a sudeste do vilarejo.

- É um menino! Um lindo menino! – disse a parteira segurando-o no colo. Adisa então sorriu, recebendo-o em seus braços. Medardo rapidamente se aproximou do garoto e tocou-o no rosto, sussurrando algumas palavras carinhosas para ele.

O menino que acabara de nascer tinha uma cor de pele levemente branca, os olhos e cabelos castanhos; uma mistura harmoniosa dos pais, cujos segundos de vida já inspirava seus corações.

A criança logo adormeceu nos braços de sua mãe, que o colocou no berço em seu quarto e se pôs a admirá-lo.

- Ele é tão lindo e pequeno, meu amor! - exclamou Adisa sem desgrudar os olhos do menino.

- É o nosso maior tesouro! - respondeu Medardo, se aproximando de sua amada.

- Ele se chamará Étel, que significa “notável”, pois seu encanto jamais passará despercebido - afirmou Adisa.

- É um lindo nome! Não poderia escolher outro melhor. - concordou Medardo com sua mulher.

Assim que Adisa pronunciou o nome, a criança esboçou um sorriso singelo, como se concordasse com as palavras ditas por sua mãe.

- Aceita um pouco de chá, minha querida? – indagou Medardo pondo a mão sobre o ombro de Adisa, após passarem um longo tempo admirando seu filho. Ela virou-se rapidamente com o toque, corando-se de um vermelho modesto, apenas concordando com a cabeça sem nada dizer.

Saindo do quarto de seu filho, Adisa caminhou até a cozinha, deslizando a mão sobre as paredes de madeira da casa. Depois de dar alguns passos, parou repentinamente ao se deparar com um quadro; era o retrato de um homem, cujas rugas lhe confessavam a idade avançada, segurando em uma das mãos um arco enorme de madeira, com três penas de pavão amarradas em sua ponta.

- O senhor ficaria tão feliz se pudesse ver seu neto. Sinto tanta falta de sua companhia – sussurrou ela. Colocando a mão sobre a pintura de seu falecido pai, Adisa pôs-se a recordar, enquanto uma pequenina lágrima escorria pelo seu rosto.

- O chá está pronto, meu amor! – exclamou Medardo, juntamente com o barulho da chaleira a apitar.

Ela rapidamente passou a mão sobre seu rosto e foi até a cozinha. Chegando lá, ela se deparou com ele a esperando já com uma xícara nas mãos. Adisa foi ao seu encontro e lhe deu um beijo demorado, abraçando-o. Ele a retribuiu, envolvendo-a em seus braços e puxando-a para mais perto.

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CAPÍTULO 3: DESCOBRINDO SUA MAESTRIA

Nos anos seguintes, o casal concentrou-se somente em cuidar do recém-chegado integrante da família. Adisa se aconchegava na poltrona de sua sala, com Étel a dormir em seus braços. Com um simples gesto, a lareira da casa se acendia e as madeiras começavam a estalar.

Medardo se encarregava de cuidar do jardim da casa. E lhe encantava os vários botões-da-paz, tão brancos que o faziam desconfiar se sua amada não os alvejava todas as noites enquanto estava a dormir.

À direita da residência do casal morava Hemera, uma anã que havia dado a luz poucos meses depois do nascimento de Étel. Ela era belíssima: cabelos negros como o véu da noite; olhos da cor da floresta e corpo levemente avantajado, cuja beleza arrancava suspiros.

Seu filho foi chamado de Megaron, que significava “grande espírito”. Megaron tinha os cabelos ruivos e olhos castanhos, com uma estatura um pouco avantajada para a sua raça.

Assim que Étel completou seis anos de idade, Medardo começou a lhe ensinar as noções básicas da magia arcana. O garoto aprenderia a conjurar algumas magias e teria uma pequena ideia de como funcionava esse fantástico universo.

Todos os dias Étel passava as manhãs estudando conceitos e regras da manipulação arcana, além de praticar os vários ritos e gestos para se conjurar um feitiço.

A magia arcana estava em toda parte, era ela quem organizava toda a matéria do universo e cada ser físico possuía uma porção dessa própria magia dentro de si. Alguns livros até descreviam essa magia como sendo a própria personificação da Ordem, sendo aquela responsável por comandar o tempo e o espaço.

Étel leu bastante sobre a magia arcana. Ele precisava conhecer todos os segredos já descobertos sobre a manipulação dessa magia. Logo cedo ele percebeu que o caminho de um mago não é fácil, mas um caminho árduo e longo de intenso estudo e experimentos. Um estudante eterno do saber.

Quando aos oito anos, o menino já conseguia condensar a liquidez do ar em sua volta, congelando a área ao seu entorno. Para isso, Étel se concentrava para poder sentir a magia arcana dentro de si, o que lhe permitia usar essa magia para controlar o elemento da água.

Algum tempo depois, também já era capaz de esquentar o ar na palma de sua mão e direcioná-lo a um objeto, fazendo-o queimar.

Mais tarde, após muita dedicação, Étel adquiriu a capacidade de transformar a matéria de seu corpo em outra forma de energia, conseguindo se reconstituir em um local próximo. O menino distorcia a sua forma física, possibilitando se teleportar para curtas distâncias.

Nos tempos livres, Étel travava batalhas épicas contra Megaron. Labaredas ígneas se erguiam nos ares e estalactites gélidas podiam ser avistadas despencando dos céus. Os garotos pareciam feiticeiros vorazes.

Mas muito embora Étel fora capaz de dominar as três escolas de magia, a arcana em seu estado puro, a gélida e a ígnea, ele não era capaz de conjurar feitiços poderosos, mas somente os mais simples. Ele necessitaria se dedicar a somente uma única especialização se quisesse se tornar um mago forte como os demais.

E assim se sucedeu, o tempo passou e ao completar 10 anos de idade o menino atingiu a maturidade necessária para especializar-se em uma única escola de magia.

Assim como todos os outros magos aprendizes, Étel foi atrás para descobrir com qual especialização se identificaria. Todas as tardes, na clareira próxima a mina Vailafundo, Medardo conduzia o treinamento de seu filho e Étel se esforçava cada dia mais a fim de descobrir qual era sua maestria.

Ao acordar pela manhã, o menino caminhava até a ferraria do vilarejo, interrompendo o trabalho do ferreiro Argus por alguns minutos para conversar sobre os vários tipos de armas e armaduras que ali eram produzidas. E assim que se despedia de Argus, ele ia ao encontro do mestre de grifos Bartolotto, o Bravo, lhe dando três moedas de prata para alugar um de seus belíssimos animais. Raramente voava sozinho, pois Megaron sempre o acompanhava em suas aventuras. E a dupla percorria a belíssima flora da região, admirando sua beleza.

Só então, depois de despedir de seu amigo, é que Étel se dirigia até o ponto de encontro marcado para iniciar seu treinamento, como era de costume.

Passado aproximadamente um ano, depois de quase incendiar Vila D’Ouro quando incidentalmente evocou um dragão de fogo descontrolado, além de ter congelado o cachorro do dono da estalagem, o garoto afeiçoou-se com o uso da magia arcana. E por conta de seu pai ser especialista nessa escola de magia, daquele dia em diante seria ele a ensinar-lhe as técnicas do controle do tempo e do espaço.

Os magos especialistas em manipular a magia arcana em seu estado puro eram conhecidos pela linha tênue em que viviam entre o conhecimento e a decadência. Isto porque esse tipo de magia era poderosa demais em sua forma bruta, e aquele que a tentava dominar facilmente se via preso num vício descontrolado, ansiando por poder até mesmo acima da própria vida.

Aliás, alguns rumores antigos diziam que os mais poderosos magos utilizavam amarras mágicas nos pulsos para controlarem a intensidade com que a magia emanava de si, disciplinando a conjuração de seus feitiços para que não houvesse prejuízos graves.

Após o café da manhã diário, Medardo conjurava um portal que os levava direto para a cidade flutuante de Dalaran, no continente de Nortúndria. Ao chegar ao salão Púrpura, Étel se dirigia a Cidadela Violeta, onde ficava horas lendo os livros de encantamentos e conjurações, além de conversar constantemente com os membros do Kirin Tor, uma organização dos mais poderosos magos do planeta, cujo único objetivo era garantir a proteção de Azeroth.

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CAPÍTULO 4: A CIDADE FLUTUANTE

Étel até que gostava da cidade de Dalaran, embora ela fosse localizada a vários metros do chão. Subir em grandes alturas não era a prática mais desejada por ele.

O Conselho dos Seis era o nome dado ao grupo de magos que governava Dalaran e todos os seus territórios, geralmente formado pelos mais antigos moradores da cidade, mas não necessariamente os mais habilidosos.

Esse conselho se reunia na Cidadela Violeta, considerada a fortaleza central de Dalaran. Ali se encontravam os laboratórios de pesquisa e as grandes bibliotecas da cidade, com vários livros descrevendo inúmeras magias e artefatos, além de também abrigar as mais poderosas relíquias coletadas pelo Kirin Tor. O pináculo mais alto da Cidadela era uma arma que poderia ser usada para a defesa da cidade.

Dentro da Cidadela Violeta havia uma porta secreta que levava direto para a chamada Câmara do Ar, que era a sala de reuniões do Conselho dos Seis. Somente os membros do mais alto escalão do Kirin Tor sabiam sobre a existência daquela entrada. Boatos diziam que esse local não possuía paredes visíveis e o chão era feito de pedra, com um símbolo no seu centro constituído de cristais, além de se encontrar debaixo de um céu aberto que se deslocava muito rapidamente, como se o tempo passasse livremente pelo próprio lugar. Durante as reuniões, os membros do Conselho escondiam suas identidades e até mesmo seus gêneros.

À direita da Cidadela Violeta se encontrava o Enclave Presagris, o distrito da Aliança em Dalaran e sede do Pacto de Prata, uma organização militar que servia o Kirin Tor, formada pelos misteriosos elfos superiores, sob a liderança de Vereesa Correventos, responsável por proteger a cidade de eventuais ameaças. Naquele local havia uma pousada chamada O Recanto do Herói, sendo que logo atrás havia o Jardim da Cerveja. Já era um hábito frequente de Étel tomar alguns bons goles naquele jardim sempre que visitava a cidade.

À direita do Enclave Presagris havia um distrito chamado O Anoitecer, que era onde se encontrava o banco da cidade, além de uma belíssima escultura do líder do Kirin Tor, o arquimago Rhonin.

Certo dia, após algumas horas de leitura, Étel resolveu caminhar um pouco pela cidade. Sentando-se aos pés da estátua de Rhonin ele retirou de sua mochila um caderno de capa escura, juntamente com uma pena pequena e um recipiente cheio de tinta e começou a escrever.

- Ei jovenzinho. Étel rapidamente se virou, mas nada viu atrás de si.

- Aqui! – a voz vinha de uma mulher muito formosa, aparentando ter umas três décadas de vida, com cabelos negros, pele clara, olhos castanhos e usando um vestido longo de cor preta com listras brancas, surgindo das sombras de um beco da cidade.

- Quem é a senhora?

- Me chamo Endora Testamoura. Se bem me lembro, já vai fazer mais de dez anos que trabalho como vendedora por aqui. Mas não uma vendedora comum; eu comercializo mercadorias mágicas! Étel se levantou e se aproximou da humana, deixando aparecer em seu pescoço um colar reluzente.

- Esse pingente me parece muito valioso - argumentou Endora, olhando para o colar no pescoço de Étel.

- E a senhora está certa, ele é todo feito de ouro, lá de Vailafundo, uma mina bem famosa localizada ao sul de Vila D’Ouro, bem pertinho do vilarejo. Não sei se a senhora conhece Vila D’Ouro.

- Talvez já tenha ouvido falar, mas não me lembro ao certo - Respondeu Endora, esboçando um singelo sorriso.

- Vila D’Ouro é um vilarejo que fica ao sul de Ventobravo, praticamente no centro da Floresta de Elwynn.

- Ventobravo eu conheço. Sempre que posso vou até lá para comprar alguns pães quentinhos. Para mim é o lugar que faz os melhores pães em Azeroth.

- Você é um garoto de muita sorte - continuou Endora - eu trabalho nessa loja ao lado do banco; vendemos vários tipos de objetos mágicos. Mas acontece que os tempos andam bem difíceis e provavelmente terei que fechar minha loja. Porém, esse seu colar de ouro pode ser a solução para os meus problemas. Se eu o tivesse, talvez eu conseguiria manter minha loja por mais algum tempo. Venha até o local e veja um livro que tenho guardado, ele foi escrito por um aprendiz da antiga guardiã chamada Magna Aegwynn. Geralmente eu venderia esse livro por um valor alto em dinheiro, mas como não estou tão bem das pernas, posso lhe oferecer por um valor mais em conta para que você possa levá-lo.

- Eu gostaria de ver com meus próprios olhos esse tal livro - respondeu o menino interessado.

Dito isso, foram os dois até a loja e assim que Étel segurou o livro em suas mãos ele ficou encantado. O menino pode sentir a força mágica armazenada em cada letra escrita naquele tomo. Sem pensar duas vezes Étel arrancou o colar de seu pescoço e o entregou a Endora.

O menino tinha muita admiração por aquela maga.

“Espero um dia alcançar tanto poder assim”, pensou Étel, enquanto encarava o livro.

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CAPÍTULO 5: A PERDA DE UM AMIGO

Étel ficou muito entusiasmado com o novo livro que tinha comprado. Semanas se passaram e o garoto se dedicava ao estudo e prática de todos os feitiços contidos naquele tomo; ele realmente gostaria de dominar todas as magias passadas por Aegwynn.

Certo dia, após dominar uma conjuração que lhe exigiu muito treino e dedicação, Étel retornou para sua casa em Vila D’Ouro, ansioso por mostrar sua nova técnica aos seus pais e ao seu amigo. Ele se teleportou diretamente para o vilarejo.

Contudo, assim que o garoto chegou, ele percebeu que havia algo de muito errado em Vila D’Ouro. Sua casa estava completamente vazia.

- Mãe? Pai? Nada. Um silêncio angustiante inundava todo o vilarejo.

Mas eis que uma pontada de dor perfurou sua espinha assim que Étel ouviu gritos vindos do centro de Vila D’Ouro. Rapidamente o garoto se dirigiu para fora com as mãos envolvidas em um brilho violeta.

Assim que chegou ao local o que viu lhe causou náusea e o fez erguer as mãos a boca imediatamente. Seus olhos estavam fixados na imagem de seu amigo deitado ao chão já sem vida, com a cabeça localizada a alguns metros de seu corpo.

Étel caiu de joelhos ao chão e lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Um grito de pânico lhe queria sair pela boca, mas aquela cena aterrorizante o congelou completamente.

“Meu amigo”, pensou o garoto, chocado com a cena que se passava diante de seus olhos. E ao erguer a cabeça, Étel avistou seu pai sob o alcance de uma lâmina afiada pousada delicadamente em sua garganta.

- Não se aproxime filho – falou Medardo, com a voz abafada devido à pressão que o orc fazia contra seu pescoço.

- Bom, muito bom alimentar minhas adagas nesse vilarejo. Humanos fracotes. – urrou o orc debochando do jovem mago.

A tristeza pela perda do amigo se voltou contra o seu carrasco como uma onda gigante de ira e o vê-lo ameaçar seu próprio pai fez Étel se perder na imensidão de seu ódio.

- Para trás ou eu mato esse aqui também – urrava o orc cada vez mais alto.

Étel nem se moveu, balbuciando algumas poucas palavras, como se sussurrasse aos ventos. Em questão de segundos um véu mágico surgiu do garoto e se expandiu a alguns metros de distância, deixando todos ao seu alcance totalmente invisíveis. O orc, impressionado por todos terem ficado invisíveis, abaixou a guarda por um momento o que possibilitou que Medardo se teleportasse dali para perto de seu filho.

(Trecho do diário de Étel)
O orc, ao perceber o que havia acontecido, partiu em minha direção com suas adagas pingando veneno. Eu, porém, lancei um feitiço que distorceu a matéria a sua volta, deixando o ar pesado e fazendo com que o tempo lhe passasse tão devagar que seus movimentos ficaram muito lentos. Foi então que minha mãe ergueu sua mão direita e em questão de segundos a pele do orc começou a congelar, revelando um olhar amedrontado na estátua que se formava. E antes que o orc morresse congelado, meu pai lançou uma força bruta de magia arcana, o cercando por uma fumaça branca e densa, que rapidamente o cobriu e então culminou em uma explosão cor violeta que iluminou todo o vilarejo. Um espetáculo sinistro e belo.

Étel encarou suas mãos, pareciam ter cem anos de idade de tão trêmulas. Depois de liberada toda a sua fúria no assassino de seu amigo, a tristeza regressava com mais intensidade.

- Megaron! Era Hemera, abaixada junto ao corpo do filho, com as mãos apoiadas sobre seu peito.

Étel ficou abismado com tamanho terror que havia acontecido. “Como pode um orc ter vindo de tão longe?” Pensava o garoto sem encontrar uma resposta.

Assim que o sol se ausentou, Megaron dormia profundamente, abraçado pela terra. Uma morte trágica, cuja lembrança causaria pesadelos terríveis nas noites que viriam.

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CAPÍTULO 6: VISITANDO VENTOBRAVO

Sete anos se passaram desde o ocorrido. Medardo continuou com o treinamento de Étel. Era um excelente professor e por longos anos o ensinou as técnicas mágicas que conhecia, se empenhando para que Étel a cada dia fosse mais forte. E com o desenrolar do tempo o garoto se tornava ainda mais habilidoso com a manipulação da magia, sempre aprendendo novos feitiços e aprimorando àqueles que dominou.

Em uma tarde, às margens do Lago de Cristal, acompanhado por seu pai, Étel estava treinando algumas conjurações. Teleportando-se alguns metros para frente, o garoto virou-se para Medardo e lançou contra ele uma salva arcana.

Porém, ambos foram surpreendidos quando no meio deles Adisa apareceu de repente, envolvendo-se num escudo gélido para conter o feitiço lançado por seu filho. Um clarão de luz cor lavanda reverberou da colisão entre as magias e uma fumaça densa a encobriu.

-Mãe, está tudo bem? – gritou Étel, correndo em sua direção.

- E por que não estaria? – retrucou Adisa, franzindo o cenho - Preciso que me acompanhe até Ventobravo; tenho algumas compras a fazer. Étel voltou seu olhar para Medardo, que com um aceno de cabeça o permitiu partir.

O garoto então respirou bem fundo e ergueu a sua mão direita, transmutando a matéria e distorcendo a realidade a sua volta, abrindo um portal que dava direto para Ventobravo. Contudo, no momento em que ia finalizar a conjuração, Adisa o interrompeu segurando sua mão.

- Nada de portais meu filho, sabe muito bem que eu não gosto. Vamos voando! Depois de dizer tais palavras, ela olhou para o céu e clamou bem forte:

- Agabo! Alguns segundos se passaram e ouviu-se o bater de asas ao longe. Um dragão começou a se aproximar e aterrissou ao seu lado. Adisa e Étel então subiram na criatura.

- Vamos para Ventobravo meu bom dragão – sussurrou Adisa.

Ele alçou voo de imediato e partiu rumo a Ventobravo, voando bem perto das belíssimas árvores do bosque. De cima, dava para observar o verde que emanava da Floresta, além das várias ovelhas perambulando pela região, tão minúsculas vistas do alto.

Algumas horas depois já se via a torre da bastilha da cidade, localizada entre o Distrito dos Anões e a Cidade Velha, cujo vislumbre encantava os olhos de Étel. Passado mais algum tempo, ao chegarem a seu destino, o dragão pousou delicadamente na entrada de Ventobravo.

Haviam duas torres de vigilância, uma de cada lado do portão principal da cidade, cujos pontos mais altos eram cobertos por bandeiras azuis que se estendiam por alguns metros abaixo, dançando graciosas em meio aos ventos da região. A estampa de leão presente nas bandeiras representava a força e a ferocidade da Aliança, uma facção composta por humanos, anões, elfos noturnos, gnomos, worgens, draeneis e pandas, com o objetivo de se defenderem das inúmeras ameaças existentes em Azeroth.

Adisa se despediu de seu amigo e a criatura voou para o alto até desaparecer de sua vista!

Adentrando a cidade, andaram por uma ponte que ostentava estátuas enormes e belíssimas dos campeões que se sacrificaram pela Aliança. As estátuas se encontravam sobre uma ponte que dava acesso ao Distrito Comercial, sendo que abaixo da ponte se encontrava um lago de águas cristalinas que percorria toda a cidade, separando os distritos de Ventobravo e fluindo até chegar do outro lado, onde se encontrava o oceano.

Enquanto Adisa foi à procura de uma bela camisa no Ao Molde Moderno, Étel caminhou até uma das bibliotecas da cidade. Adentrando O Escriba de Ventobravo, começou a olhar os livros da prateleira.

Percebendo que o mago não estava nem um pouco entusiasmado com os livros, o bibliotecário Adair Gilroy se aproximou e apontou para um livro em especial.

- Se estás procurando por algo interessante talvez este aqui o agrade. Esse livro lhe ensina a moldar a sua aparência.

Étel ficou intrigado, pegou o livro e começou a folheá-lo. “… Cecidimus! Fingunt! Pervertitis…”.

- Que feitiço interessante! Eu acho muito importante poder alterar sua aparência.

E tirando uma moeda de prata do bolso, Étel alugou o livro com Adair, pondo-se a lê-lo confortavelmente na praça de frente para a catedral da cidade.

Era uma construção gigantesca, situada no centro de Ventobravo. Sua estrutura era toda feita de pedra, com uma escadaria enorme que dava acesso ao seu interior. Ali era considerado o centro religioso de todos os seguidores da Luz Sagrada. Os sacerdotes e paladinos que podiam ser vistos por ali buscavam espalhar a magia sagrada por todos os confins de Azeroth e todos eram muito bem-vindos naquele local, desde que sua jornada fosse de boas intenções.

Não se passaram alguns minutos desde que Étel começou a ler o livro e sua concentração se voltou para um jovem que se encontrava na entrada da catedral. O garoto parado ali possuía uma estatura média e um porte físico que mais parecia um guerreiro do que um devoto da Luz, trajando uma veste branca e longa, de costura única.

Assim que se voltou para onde Étel estava sentado o sacerdote percebeu que estava sendo observado. Étel tentou disfarçar sem sucesso.

- Algum problema feiticeiro? – sussurrou o sacerdote na mente de Étel.

- Não há problema nenhum. Não queria me intrometer.

- Venha até mim!

Assim que a voz ecoou na cabeça de Étel, ele sentiu seu corpo tomando vontade própria e suas pernas começaram a se mexer e o impulsionar para frente. O desespero em seus olhos era evidente e naquele momento o garoto tinha perdido totalmente o domínio sobre seu corpo, o retomando somente ao chegar bem perto do sacerdote.

- Muito prazer Étel – exclamou o sacerdote com um sorriso no rosto.

- Digo o mesmo senhor -. Respondeu Étel, com a voz meio trêmula, ainda se recuperando do episódio.

- Eidil. Chame-me de Eidil.

- Eu não queria incomodar – disse Étel novamente.

- Eu sei que não, já que acabei vasculhando a sua mente.

- Essa é uma habilidade muito injusta. As vezes é melhor não saber o que as pessoas pensam, pois o pensamento as vezes é involuntário.

- Pelo contrário, melhor saber. Meu papel neste mundo é inspirar os corações desanimados e trazer esperança para aqueles que caminham no vale da desolação. Ao entender seu interior, consigo com maior aptidão guiar o seu espírito.

Étel nada disse, apenas concordou com a cabeça, mudando seu ponto de vista.

Eles ficaram conversando por muito tempo, parados na frente da catedral de Ventobravo. Enquanto isso, Adisa estava desnorteada olhando os vários modelos diferentes de camisa, tentando escolher quais levaria para casa.

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CAPÍTULO 7: A ACADEMIA DE ARTES E CIÊNCIAS ARCANAS

O dia já começava a ficar escuro. Étel havia combinado de se encontrar com sua mãe em frente ao banco de Ventobravo assim que o sol se ausentasse. Por conta disso, o garoto se despediu de Eidil. - Que a Luz te guie! - desejou o sacerdote.

Étel começou a andar depressa da praça da Catedral rumo ao Distrito Comercial, que era onde se encontrava o banco da cidade. No entanto, após dar oito ou nove passos o livro que havia acabado de pegar emprestado na biblioteca começou a brilhar em sua mão. Um tom violeta cercou o livro, cobrindo-o com uma aura mágica que começou pequena e fraca mas que em questão de segundos foi se intensificando e aumentando.

Assustado Étel soltou o livro, impulsionado por seu instinto. E assim que se chocou ao chão, o livro se abriu, revelando uma pequena pedra branca que brilhava cada vez mais forte. Étel se aproximou para pegá-la e assim que a tocou um clarão de luz violeta o preencheu completamente, teleportando-o dali para a chamada Torre dos Magos.

A Torre dos Magos era uma enorme torre no centro do Distrito dos Magos, cuja entrada ficava a vários metros do chão, acessível por uma escada em espiral que contornava toda a construção. Assim que adentrava a torre, havia um grande portal que dava acesso ao interior do lugar.

O interior da torre possuía um longo corredor, com vários pilares de um lado e de outro. Em cada pilar havia um castiçal com uma vela acesa que jamais se apagava, cuja chama mágica era meio azulada. Além disso, ao longo do corredor também haviam pequenos jardins, onde se podia ver alguns feiticeiros e entusiastas conversando.

Ao final o corredor se dividia em dois, onde era o salão principal, indo para a direita e para a esquerda. Ali se encontravam vários feiticeiros de Ventobravo, que em duplas se esforçavam para manterem vários portais abertos que davam acesso a lugares distantes em Azeroth. Além disso, vários constructos e elementais arcanos também podiam ser vistos caminhando pelo lugar, zelando pela torre e garantindo sua proteção.

Étel apareceu na frente de Maginor Dumas, o mago mestre de Ventobravo e diretor da escola de magia da cidade.

- Você deve ser Étel, estou certo? - Disse o mago mestre.

- Senhor Maginor. Está correto - respondeu Étel, fazendo uma singela reverência. Étel já conhecia Maginor Dumas, sabia que era um dos feiticeiros mais renomados de Ventobravo e certa vez, quando o garoto derrotou o temível Hogger, foi Maginor, junto com o Grão-feiticeiro Andromath, que teleportou o General Hammond Clay, Alto-comandante da Defesa de Ventobravo, para que captura-se e levasse o gnoll para a prisão da cidade.

- Peço perdão por ter lhe trazido até aqui desse jeito. Pedi ao bibliotecário Adair que colocasse uma pedra de regresso em um livro e o desse a você. Sua mãe veio até mim com o objetivo de lhe colocar em nossa escola de magia e então aqui estamos, meu caro.

- Como o senhor sabia que eu pegaria justamente o livro onde Adair tinha colocado a pedra?

- Digamos que apenas meu corpo está preso ao fluir do tempo, mas não minha mente. É como se o futuro próximo também se tornasse meu presente - Respondeu Maginor, fazendo um gesto para que Étel o seguisse pelo salão da Torre dos Magos, em direção a uma porta no final do corredor, atrás de um grande pilar com uma vidraça com um desenho de um rosto de um leão. A porta era acessível por duas escadarias curtas à direita e à esquerda, sendo que no centro havia um pequenino lago artificial.

- Bem-vindo a Academia de Artes e Ciências Arcanas! Exclamou Maginor abrindo a porta com Étel logo atrás de si.

O lugar era belíssimo! Eles entraram em um salão oval gigantesco, com cinco pilares de cada lado. Samambaias se enrolavam em cada pilar, cobrindo-os quase que completamente. Flutuando acima de suas cabeças, várias lamparinas iam e voltavam, como se estivessem praticando alguma dança em perfeita harmonia.

No centro do salão havia um mesa enorme, em formato de retângulo, com várias cadeiras ao seu redor. E portas mágicas apareciam e desapareciam a todo instante por todo o salão, com estudantes e professores entrando e saindo dali.

Étel ficou maravilhado com a vista. Nunca tinha estado na presença de algo tão magnífico. Parecia até um sonho.

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CAPÍTULO 8: SE TORNANDO UM APRENDIZ

Já era bem tarde quando Étel se teleportou de Ventobravo para sua casa em Vila D’Ouro. Seus pais estavam o esperando ansiosos a fim de que o garoto lhes contasse sobre sua visita à escola de magia.

- Eu fui convidado para iniciar meus estudos amanhã mesmo! - exclamou Étel, empolgado com tudo o que havia acontecido.

- Eu sabia que Maginor atenderia meu pedido. Também já estudei na academia assim que me formei da escola de magia de Vila Norte. E por conta de ter contribuído muito para a academia no passado, tinha certeza que Maginor não recusaria um pedido meu - disse Adisa.

Após algumas horas de conversa todos foram dormir. Étel acordaria cedo no dia seguinte para dar início a essa sua nova jornada. A partir de agora ele passaria a ser um aprendiz.

(Trecho do diário de Étel)
A academia era maravilhosa! Situada na parte esquerda de Ventobravo ninguém poderia imaginar que dentro de uma simples torre, não muito grande, haveria uma escola enorme cheia de alunos e professores. O diretor da escola era o Maginor Dumas, que me convidou para ser seu aprendiz. De muito bom grado eu aceitei. Ali eu passava o dia inteiro estudando, saindo apenas de noite para o meu dormitório que ficava no próprio Distrito dos Magos. Somente visitava meus pais nas férias de fim de ano. Maginor pessoalmente conduzia meus estudos, me indicando livros e me mostrando as maneiras corretas para se treinar as conjurações mágicas. Não era atoa que ele era o diretor da escola, sendo que a cada dia ele me mostrava uma magia diferente que era capaz de conjurar.

A Academia de Artes e Ciências Arcanas possuía vários professores competentes, cada um atuando em um ramo específico da magia arcana, sendo extremamente formidáveis em suas especializações mágicas.

A magia arcana era muito complexa, exigindo um treinamento e um estudo muito árduo. Embora a cultura da manipulação mágica fosse amplamente difundida sobre Azeroth, poucos magos realmente se tornavam poderosos em suas conjurações. Por isso que, com o tempo, os magos de Dalaran decidiram dividir seu estudo em vários ramos, facilitando o aprendizado e permitindo com que alguns fossem muito mais poderosos em seus campos de atuação. Essa nova maneira de estudar rapidamente se tornou famosa entre os reinos humanos, sendo adotado por praticamente todas as escolas de magia em Azeroth.

Como aprendiz de Maginor, um grande mestre nas artes da transmutação, considerada uma das principais escolas de magia dentro da manipulação arcana, Étel penderia para esse caminho, se tornando futuramente um grande manipulador da realidade física e do próprio tempo.

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Vc escreve muito bem, seus textos prendem a atenção por serem bem escritos. Continue assim.

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CAPÍTULO 9: OS CAMINHOS DA MAGIA ARCANA

O estudo da magia arcana era muito complexo e difícil. Poucos eram os estudantes que realmente conseguiam se formar magos e bem menos eram aqueles que se tornavam poderosos feiticeiros.

Aqueles que se dedicavam ao mundo da magia passavam grande parte de suas vidas estudando, debruçados em meio aos livros e tomos mágicos, perdendo vários anos de suas vidas com treinamentos e práticas de conjuração de feitiços.

Com o tempo, os grandes magos de Dalaran foram formulando novas técnicas e maneiras mais rápidas e eficazes de se aprender a manipular a magia arcana. Afinal, os humanos possuíam uma vida curta, não viviam por milhares de anos como os seus irmãos élficos, então quanto menos tempo pudessem perder em seus estudos melhor seria.

Foi pensando nisso, de como facilitar o estudo da magia arcana para os novos aprendizes, que Ansirem Tecerrunas, um membro do conselho regente de Dalaran, o Conselho dos Seis, escreveu uma série de livros chamada de As Escolas da Magia Arcana.

Mesmo na escola de magia de Ventobravo, os ensinamentos de Ansirem eram amplamente difundidos e transmitidos, sendo muito importantes para que o iniciante nas artes mágicas entendesse um pouquinho sobre os vários poderes que um mago pode adquirir. Além disso, ler os escritos de Ansirem era o início de um árduo caminho que o aprendiz iria tomar, pois cada um deveria escolher sua especialização.

Com Étel não seria diferente. Uma das primeiras coisas que ele teve que fazer ao entrar para a escola de magia de Ventobravo foi ler com cuidado e atenção os ensinamentos de Ansirem, entendendo cada uma das escolas da magia arcana e cada uma das especializações possíveis.

(Trecho do diário de Étel)
Ansirem fala sobre a abjuração, o estudo das magias protetoras. Para ele é uma das escolas de magia mais importantes para um jovem aprendiz. Há inúmeros feitiços arcanos que funcionam como uma armadura elemental para o mago, garantindo a ele maior resistência. O elfo sangrento Kael’thas Andassol é citado como um grande especialista dessa área.

Outra escola de magia é a necromancia, que envolve o estudo dos mortos. O estudo dessa escola é proibido em Dalaran, pois é uma escola extremamente perigosa. A sua manipulação envolve a conjuração de doenças, a restituição de membros e pedaços de carne das criaturas vivas ou mortas e até mesmo a capacidade de levantar um cadáver para lutar em seu nome. Um ex integrante do Kirin Tor chamado de Kel’Thuzad foi um dos especialistas em necromancia mais famosos.

Ansirem também descreve sobre o encantamento, que seria o processo de imbuir um objeto ou uma pessoa em poder mágico. Alguns encantamentos podem ser temporários, mas outros são permanentes. Também é possível desencantar um objeto para obter uma mana cristalizada, que pode ser utilizada para encantar outro objeto ou pessoa. Kael’thas novamente é citado como um grande especialista em encantamento; dizem que ele foi capaz de imbuir várias armas com magia arcana, fazendo com que elas lutassem sozinhas para protegê-lo.

Outra escola de magia é a conjuração, o estudo da convocação de criaturas e objetos. O estudo desse ramo mágico possibilita que o mago faça aparecer do nada alguns pães, caso esteja com fome, ou um copo de água, se estiver com sede. Boatos dizem que certa vez alguns magos conjuraram água sem se lembrarem do copo, nascendo a arte da convocação dos elementais da água, considerados grandes amigos dos feiticeiros. Um grande mago chamado Nielas Aran, cidadão de Ventobravo, é conhecido por ter conjurado vários elementais da água ao mesmo tempo.

Divinação é uma outra escola de magia dedicada a coleta de informações. Especialistas nessa área conseguem ver coisas invisíveis, ou coisas que estão muito longes, ou até mesmo ver coisas em outras realidades. O guardião Medivh foi um famoso dominador desse escola, pois dizem que mesmo ele estando em nosso planeta, ele observou os acontecimentos de Draenor.

A penúltima escola é a ilusão, sendo a arte de enganar a própria realidade. Essa área mágica não trata apenas de fazer com que o mago se pareça com outra criatura, mas também o permite se tornar invisível e intocável. Uma antiga cidadã de Dalaran, a maga humana chamada Jandice Barov, foi uma grande ilusionista. Ela conjurava várias versões de si mesma que duplicavam suas ações em vários locais diferentes.

Por fim, Ansirem descreve a escola da transmutação, uma das mais populares e úteis. O mago especialista nessa área adquire um controle muito grande sobre o tempo e o espaço, sendo capaz de controlar praticamente toda a matéria e tudo o que é físico, além de poder manipular o próprio fluir do tempo. A humana maga Jaina Proudmoore se destaca nessa escola, tendo criado um feitiço poderoso que teleporta um exército inteiro de um lugar para outro sem que isso lhe canse muito.

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Infelizmente vou parar de postar a história do Étel aqui no fórum. Continuarei a escrever a história dele em particular, só não vou mais trazer para cá. Espero que entendam essa minha decisão.

Gostaria de agradecer a todos os que dedicaram um tempinho de suas vidas para ler esse tópico e gostaria de agradecer também a todos aqueles que curtiram cada capítulo escrito.

Fiquei muito feliz por saber que gostaram da minha história e a boa receptividade de vocês me animou bastante. Obrigado a todos que vieram a esse tópico com boas intenções e obrigado a todos pelo carinho.

Que a Luz guie todos vocês, meus amigos, meu irmãos de jogo! Nos vemos em Azeroth.

Assinado: Étel.

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Que tópico!!!

Se mudar de ideia, já com o tempo que houve da postagem. Continua, por favor.

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Fico feliz que tenha gostado Kahel! Eu pretendo voltar com a história do Étel em breve.

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