Das sombras penetrantes ao meu redor,
das escuras águas abaixo dos meus pés,
escuto aquele que me chama sem parar;
Deito e durmo imaginando o preço de sua mudez.
No vale das sombras eu me lanço,
esvaio seu poder para meu agir;
Na beira da insanidade me derramo,
Esperando o momento de sucumbir.
Quando me vejo sem rumos,
Perdida na profundidade daquela vastidão,
Rogo a Eluna por sua filha,
“Não me deixe sozinha na escuridão”.
Vejo ao longe o luar,
sua pálida luz em meu rosto tocar;
“Filha da noite”, grito às trevas,
que por hora recua,
esperando a próxima fraqueza,
a tentar me dominar.