A terceira guerra

Olá pessoal! Continuando a escrever sobre os principais eventos do universo do WoW, eu gostaria de trazer para vocês um pouquinho da história da segunda invasão da Legião Ardente à Azeroth, um evento que ficou conhecido como a Terceira Guerra e que é o foco do jogo Warcraft III.

Eu fiz um vídeo no canal da Ordem de Elwynn no Youtube falando um pouquinho sobre esse evento:

Para quem preferir acompanhar essa história por aqui, ela segue completa abaixo.

Após Kil’Jaeden capturar Ner’zhul assim que ele adentrou um dos vários portais que se abriram em Draenor, ele foi torturado até que concordou em servir à Legião Ardente mais uma vez. Então, seu espírito foi transformado na entidade do Lich Rei e ligado ao Elmo da Dominação e a espada Gélido Lamento, sendo arremessado em direção à Azeroth, indo parar no continente de Nortúndria.

O Lich Rei assumiu o controle de Nortúndria e chamou Kel’Thuzad como seu aliado para que ele espalhasse a praga dos mortos-vivos pelo reino de Lordaeron.

Enquanto isso, Medivh, que tinha voltado à vida, apareceu em sonho como um profeta para Thrall. Medivh disse que ele deveria reunir os orcs e leva-los para Kalimdor, para escapar da sombra que estava vindo consumir aquelas terras. Confiando nas palavras de Medivh e desejando encontrar um novo lar par seu povo, Thrall ouviu seu chamado e liderou os orcs rumo a Kalimdor.

Em Lordaeron, um boato começou a circular de que uma misteriosa praga estava tomando conta das terras ao norte. Medivh então apareceu diante do rei Terenas Menethil II dizendo a ele exatamente a mesma coisa que disse a Thrall. Contudo, Terenas respondeu que ele ficaria e defenderia seu reino. Para isso, ele enviou seu próprio filho, Arthas, para investigar. Jaina, que fazia parte do Kirin Tor, foi enviada por Dalaran para ajudar na investigação.

Depois de se juntar a Jaina, Arthas descobriu que os celeiros de Andorhal haviam sido tomados por uma praga que matou todos os que tiveram contato, e que o responsável por isso foi Kel’Thuzad. Como Andorhal era o principal ponto de distribuição de grãos da região, isso significava que muitas outras cidades estavam em perigo.

Eles encontraram e atacaram Kel’Thuzad. Ele disse a Arthas que servia a um nathrezim chamado Mal’Ganis, e que ele era o verdadeiro responsável por essa nova ameaça. Arthas então matou Kel’Thuzad e foi para Stratholme para enfrentar Mal’Ganis pessoalmente.

Antes de chegarem a Stratholme, eles passaram pela cidade de Amparo, onde foram atacados pelas legiões de mortos-vivos. Arthas enviou Jaina para procurar por Uther enquanto ele e suas forças permaneciam para proteger a cidade. Foi então que ele descobriu a verdade por trás da praga. A praga não apenas matava os infectados, mas os transformava em mortos-vivos, aumentando as fileiras do Flagelo. Quando Arthas e suas forças estavam prestes a perderem, Uther e seus cavaleiros chegaram e salvaram a cidade.

Pouco tempo depois disso, Medivh apareceu para Arthas, pedindo-o para viajar para Kalimdor. Como seu pai, Arthas recusou, dizendo que seu lugar era com seu povo.

Ao chegarem em Stratholme, eles descobriram que os grãos infectados já haviam sido distribuídos entre os habitantes da cidade. Arthas, não querendo lidar com um exército inteiro de mortos-vivos, ordenou que Uther e seus paladinos destruíssem a cidade e matassem seus habitantes. Uther ficou horrorizado com isso e se recusou a obedecer a ordem. Por seu desafio, Arthas dissolveu os Cavaleiros do Punho de Prata e chamou todos aqueles que ainda eram leais a Lordaeron para irem com ele. Uther pegou suas forças e saiu, com Jaina o seguindo.

Ao chegar na cidade, Arthas conheceu o próprio Mal’Ganis. E quando a cidade estava em ruínas e seus habitantes mortos, Arthas o enfrentou. Contudo, Mal’Ganis escapou, incitando Arthas a encontra-lo em Nortúndria. Arthas então decidiu persegui-lo até lá.

Depois do expurgo, Jaina e Uther voltaram a Stratholme para enterrar os mortos. Medivh apareceu para Jaina, pedindo a ela que viajasse para Kalimdor, assim como pediu a todos os outros. Um pedido que Jaina atendeu.

Depois de chegar em Nortúndria, Arthas se encontrou com o anão Muradin Barbabronze. Ele foi para Nortúndria atrás da Gélido Lamento, mas sua expedição foi atacada pelos mortos-vivos e acabou isolada. Os dois exércitos então estabeleceram um novo acampamento e lutaram juntos contra os mortos-vivos e outros inimigos que eventualmente encontraram naquelas terras. Quando finalmente encontraram a Gélido Lamento, eles descobriram que a espada era amaldiçoada. Mas Arthas aceitou a maldição da espada e a pegou. Com a Gélido Lamento, Arthas liderou um ataque à base do Flagelo onde Mal’Ganis se encontrava, o enfrentando e o matando. E com Mal’Ganis morto, Arthas fugiu.

Algum tempo depois, Arthas retornou a Lordaeron como um cavaleiro da morte, sob o comando do Lich Rei, matando seu próprio pai com a Gélido Lamento e se nomeando rei de todas aquelas terras, que eventualmente passaram a serem controladas pelo Flagelo.

Mais tarde, Arthas recebeu a tarefa de trazer Kel’Thuzad de volta à vida. Para isso, ele deveria levar seus restos mortais para um lugar de grande poder mágico: a Nascente do Sol.

Arthas liderou um grande exército de mortos-vivos contra o reino dos elfos superiores. E apesar de seus esforços, o Flagelo abriu caminho pelas defesas de Quel’thalas até a Ilha de Quel’Danas, onde se encontrava a Nascente do Sol.

Quando Arthas chegou à Nascente do Sol, ele colocou os restos mortais de Kel’Thuzad nas águas encantadas, trazendo-o de volta à vida como um lich e corrompendo a Nascente.

Com Kel’Thuzad revivido, eles viajaram para o sul rumo a Dalaran, para obterem o Livro de Medivh e usá-lo para convocar Arquimonde. O Kirin Tor usou suas magias mais poderosas, mas não conseguiu impedir que o Flagelo roubasse o livro. E com o livro, Kel’Thuzad convocou Arquimonde e a Legião Ardente para Azeroth, dando início a segunda invasão dos demônios ao nosso mundo.

O primeiro ato de Arquimonde ao pisar em Azeroth foi destruir Dalaran com seu grande poder. E depois disso ele planejou assumir o controle do poço da eternidade que se encontrava debaixo da árvore do mundo Nordrassil, localizada no Monte Hyjal.

Logo após a queda de Dalaran, Jaina foi para Kalimdor junto com vários outros sobreviventes, seguindo o pedido de Medivh.

Tendo fugido dos Reinos do Leste, os orcs foram espalhados enquanto navegavam rumo a Kalimdor. Alguns dos navios desembarcaram em uma cadeia de ilhas onde encontraram a tribo de trolls Lançanegra. Lá, os orcs ajudaram os trolls, que depois disso os levaram para Kalimdor como forma de gratidão.

Em Kalimdor, Grommash Grito Infernal, chefe do Brado Guerreiro, desembarcou com seu clã. Antes que eles pudessem se reagrupar com Thrall, eles encontraram os soldados de Jaina e os conflitos logo começaram.

Quando o restante dos orcs chegaram e se reagruparam em Kalimdor, Grommash desafiou diretamente as ordens de Thrall, atacando o acampamento de Jaina depois de ceder à sua sede de sangue instintiva. Como punição, ele foi enviado para a enorme floresta do Vale Gris, onde coletaria madeira para construir uma base para os orcs.

Enquanto isso, Thrall foi atrás de reunir o restante dos orcs, o que eventualmente o fez se encontrar com os taurens e seu líder, Caerne Casco Sangrento. Depois de ajudar Caerne com os centauros, ele contou a Thrall sobre um oráculo nas montanhas da Cordilheira das Torres de Pedra que poderia ajudar os orcs em sua jornada.

Ao chegarem às montanhas, Thrall e Jaina encontraram o profeta misterioso, Medivh. Medivh pediu que eles trabalhassem juntos, esquecendo seus antigos ódios, para lutarem contra um novo inimigo. Algo que Thrall e Jaina concordaram em fazer.

Pouco tempo depois disso, Arquimonde chegou até Kalimdor e deu início a sua grande invasão.

Quando ficou evidente que a Legião Ardente havia retornado, Tyrande, a líder dos elfos noturnos, foi atrás de Malfurion e dos outros druidas, acreditando que eles eram a única maneira de derrotar os demônios naquele momento.

Além disso, Tyrande também decidiu libertar Illidan, irmão de Malfurion, de sua prisão, acreditando que o seu poder os ajudaria contra os demônios. Malfurion, no entanto, ainda desconfiava de seu irmão imprudente.

Assim que foi libertado, Illidan liderou uma parte do exército dos elfos noturnos para Selva Maleva, o que eventualmente o fez se encontrar com Arthas. Os dois se enfrentaram e Illidan exigiu que Arthas revelasse o motivo de sua presença em Selva Maleva. Arthas contou a ele sobre um poderoso artefato: o Crânio de Gul’dan, que foi o responsável pela corrupção das árvores na Selva Maleva, mencionando que o artefato possuía imenso poder.

Depois de derrotar os demônios da Selva Maleva, Illidan encontrou e consumiu o poder do Crânio de Gul’dan. Com seu poder, ele foi capaz de matar o líder dos nathrezim, Tichondrius, ajudando a selar a derrota da Legião naquela região. Contudo, em razão do grande poder que havia consumido a aparência de Illidan foi corrompida, assumindo uma forma demoníaca, fazendo com que mais tarde Malfurion o banisse das terras dos elfos noturnos.

Após o banimento de Illidan, Medivh chamou Malfurion e Tyrande para um bosque secreto onde Thrall e Jaina os encontraram. Medivh revelou que foi ele quem ajudou a Legião Ardente a criar o Portal Negro, permitindo que a Horda invadisse Azeroth. Depois que ele foi morto, ele teve que voltar para corrigir seus erros e proteger Azeroth do retorno da Legião. Medivh então pediu que todos se unissem para derrotar a Legião, já que seu poder combinado era a única esperança de vitória.

Com a união das forças de Jaina, Thrall e dos elfos noturnos, foram montados três acampamentos ao redor do Monte Hyjal, com Malfurion elaborando um plano para derrotar Arquimonde, com ele e seus druidas preparando Nordrassil para isso.

Enquanto Malfurion se preparava, Jaina e Thrall resistiram o máximo que puderam, na tentativa de atrasar o avanço de Arquimonde e suas forças, mas eventualmente seus acampamentos acabaram caindo ante o poder da Legião Ardente.

Com as duas bases destruídas, Arquimonde invadiu o portão dos elfos noturnos que protegia Nordrassil, massacrando a todos que cruzaram seu caminho. Mas quando ele chegou até a árvore do mundo, Malfurion soprou o Chifre de Cenarius para convocar vários fogo-fátuos para ataca-lo, cercando Arquimonde e causando uma onda de explosão devastadora que destruiu a ele e grande parte do exército demoníaco, bem como danificou fortemente Nordrassil, sacrificando assim a imunidade dos elfos noturnos a doenças e envelhecimento.

O preço dessa vitória contra a Legião Ardente foi a imortalidade dos elfos noturnos, mas a Terceira Guerra tinha oficialmente terminado.

Agora como mortais, os elfos noturnos passaram a encontrar seu lugar no mundo de Azeroth. Em um certo momento, contudo, o espírito de Malfurion acabou se perdendo no Sonho Esmeralda, fazendo com que ele não conseguisse acordar de seu coma induzido magicamente. Em sua ausência, Fandral Guenelmo orquestrou o cultivo de Teldrassil, que se tornou a nova capital dos elfos noturnos.

Tendo sido expostos ao mundo fora de suas florestas mais uma vez, os elfos noturnos decidiram que teriam que fazer alianças. E por causa de seus conflitos com os orcs, por sua contínua exploração de suas florestas, eles acabaram se juntando à Aliança.

Muito obrigado para quem me acompanhou até aqui.

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Sensacional!
Adoro ouvir seus vídeos deitado no sofá. Os seus e os de Biblioteca secreta.
Vocês fazem um trabalho primoroso.

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Pelo texto, o vídeo deve ter ficado bom :heart:
Amanhã assisto ele ^^

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Medivh é literalmente um dos maiores mistérios do WoW até hoje, não existe uma resposta se ele está vivo ou se está morto, apenas o fato de que de forma misteriosa ele voltou a vida para ajudar na terceira guerra e simplesmente desapareceu para sempre.

O que temos hoje é literalmente o seu legado em Karazham.

Em minha opinião ele daria um excelente antagonista.

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Medivh é um dos meus personagens preferidos.

Depois que ele foi morto na Primeira Guerra, Aegwynn usou seu poder para trazê-lo de volta à vida, com ele avisando a todas as principais e mais importantes figuras da época sobre essa nova ameaça. Todos deveriam deixar Reinos do Leste, pois não teriam chances contra a praga dos mortos-vivos, ao passo em que deveriam se unir para defender Kalimdor contra Arquimonde e seu exército demoníaco.

Com a derrota de Arquimonde marcando o fim da Terceira Guerra, é dito que Medivh desapareceu para algum lugar desconhecido, em razão de seus poderes estarem diminuindo.

Na expansão de Legion, Medivh apareceu novamente para nós em Karazhan. E após resolvermos os problemas de lá, Medivh nos disse que não poderia ficar para nos ajudar contra a Legião Ardente, pois sua presença era necessária em outro lugar. Ele então virou um corvo e voou em direção a Espiral Etérea.

Então, atualmente Medivh continua vivo, só que seu paradeiro é desconhecido.

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Video Nota 10, Étel ^^

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Muito bom, parabéns!

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Isso o torna um dos personagens mais misteriosos e enigmáticos do WoW, tornando-o um dos melhores personagens da franquia.

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Valeu Etel… vou por para ouvir aqui.

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Gostei do vídeo.

Me fugiu a mente agora mas já visitamos as antigas capitais dos elfos no jogo? Deu branco ‘-’

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Quando surgiu o WoW os elfos noturnos já estavam em Teldrassil, mas chegamos a ir para o passado algumas vezes para visitar a Nascente da Eternidade, no Cataclysm, e a Guerra dos Antigos, em Legion.

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Seria a dungeon Well of Eternity do cata?

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Sim! essa mesma!

Que a Voz de Azshara tá muda desde o lançamento do patch dela em BfA kkkkk

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Blizzard e suas prioridades… Se bem que tem uma vaga aberta para tradução na Blizzard PT -BR.

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Não acredito que você traiu a Luz.

Esse é o testamento orc paladino caido do multiverso…

Em vida eu era um orc paladino que lutava pelo certo e morri em batalha… Com a chegada do Legion, General Nazgrim foi revivido para lutar mais um vez.

Ao ser revivido, ele lembrou que em batalha existia um orc paladino que lutava pelo certo acima de tudo em nome do poderoso Gruumsh. Assim, Nazgrim temendo que os dks não poderiam ajudar no legion ele me reviveu também e assim me tirando repouso eterno para defender Azeroth mais uma vez… porem como dk unholy.

Infelizmente estou preso a este mudo e a este corpo, fui removido do meu paraiso prometido depois de uma vida magnifica que tive pregando a luz aos hereges.

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Quando Santa Yrel chegar em Azeroth para trazer fim as forças do mal, ela restaurará sua forma paladínica original, mantenha sua fé na Luz que esse seu tempo de tribulações em breve cessará.

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Seus textos são excelentes, me ajudaram muito a entender a lore quando comecei a jogar em Legion. Não conhecia o canal, vou conferir agora mesmo.

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Isso e oficial? digo, achei que a unica personagem canonicamente capaz de ressucitar alguem fosse a Whitemane, lol. Mas ele ressucitou completo? carne e osso? sem efeitos da morte vida e etc?

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Sim, carne e osso! ^^

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